sábado, 27 de agosto de 2011

Lápide


Luís Vaz de Camões.
Poeta infortunado e tutelar.
Fez o milagre de ressuscitar
A  pátria em que nasceu.
Quando, vidente, a viu
A  caminho da negra sepultura,
Num poema de amor e de aventura,
Deu-lhe a vida
Perdida.
E agora,
Nesta segunda hora
De vil tristeza,
Imortal,
É ele ainda a única certeza
De Portugal.

                                Miguel Torga




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