quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ò Liberdade, Brancura do Relâmpago

  I 

Evoé! de pâmpano os soldados  
rompem do tempo em que Evoé! a terra  
salve rainha descruzando os braços  
com seu pé de papiro pisa a fera.   

Na écloga dos rostos despontados  
onde dos corvos se retira a treva,  
de beijo em beijo as ruas são bailados  
mudam-se as casa para a primavera.  

Evoé! o povo abre o touril  
e sai o Sol perfeitamente Abril  
maravilha da Pátria ressurecta.  

Évoé! Évoé! Tágides minhas  
outra vez prateadas campainhas  
sois na cabeça em fogo do poeta,     

  II 

Como de um peso lento sai a trova  
digo Abril. Bom dia Liberdade!  
Ramifica-se em flores a Boa Nova.  
Afinal estrela d' alva eras verdade.      

Republicana é Vénus: tem-se a prova  
nas curvas amorosas da cidade.  
Celeiros de canções são a desova   
do hábito do pus na claridade.  

Ò visão! demais são tuas estrelas.  
Um viveu de as esperar morreu de vê-las  
e tombou a jurar que eras de gás.  

Vieste para passar já que és vertigem?  
És vidro? és diamante? és puta ou virgem?  
Fica serenamente. Como a paz.  

    natália correia   




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