São loucos os poetas, são!
Madrugam
sem terem conciliado a natureza
que também são.
Porque a noite lhes quis não se deitaram
e divagaram
até á lividez da aurora.
Quando voltam a casa têm medo
que a natureza
os deite à rua.
Iludem só então o que neles não mente:
a fecunda energia
de palavras-madrugada.
Dormem todo o dia.
São homens preguiçosos
os poetas.
Quando anoitece acordam
e julgam
que o sol os alumia.
Às vezes, caem de borco.
Acordam então cedo,
com o sol nos olhos.
Celebram intensa
madrugada.
Ruy Cinatti (1973)
Olá minha querida!
ResponderEliminarÉ bom saber que a sua dedicação e bom gosto se mantêm intactos.
Um beijinhos muito grande
Rita Sousa