Poema Inédito
À noite com Job,
sob o céu de Calar Alto
Como um Deus incompreensível
confundido pela própria
argumentação
perguntando: “Onde é que eu ia?”
Como uma pergunta
a que só é possível responder
com novas perguntas.
Como vozes ao longe discutindo:
“Alguma vez deste ordens à manhã,
ou indicaste à aurora o seu lugar?”
Como um filme
em que tudo acontecesse
na escuridão do espectador.
Como o clarão da noite última
e vazia que abraça pela cintura
a jovem luz do dia.
Manuel António Pina
Vim actualizar-me. Beber nas tuas memórias e escolhas literárias, iniciando-me no conhecimento de alguns textos e encontrando outros, tão da minha preferência, que na leitura da primeira palavra surgem por inteiro. És uma mulher fantástica! Para além de tudo o que já sei valeres e do que não sabendo vislumbro, quero louvar este empenhado espírito de partilha e agradecer, as achas aqui deixadas, a alimentar a minha fogueira, sempre acesa na ânsia do saber.
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