terça-feira, 3 de janeiro de 2012

POESIA...




[ À BEIRA DO PRINCÍPIO ]


À beira do princípio, do precipício
O Anjo do Conhecimento cega
para poder ver o início
da sua queda caótica.

Aquilo que o Visionário vê é o que
o vê a ele do alto do Futuro
para onde caí com o conhecimento obscuro de
saber que está no sítio para onde vai.

(O que regressa ao sítio de onde nunca saiu
é o mesmo que nunca lá esteve,
o que sobe a escada e transpõe a porta
que dá para toda a parte).


Autor:   Manuel António Pina

4 comentários:

  1. Com o Grande Poeta que é António Manuel Pina, inicio o meu ano na blogosfera. Este poema é o expirar e inspirar da ternura que desejo para mim e para todos os que me queiram acompanhar !!!

    ResponderEliminar
  2. e eu quero acompanhar, ser seu seguidor neste blogue!!!

    confesso que não conheço este poeta. é o primeiro poema, de sua autoria, que leio mas, que me deixa, pela sua mensagem com forte sentido reflexivo e apurado alerta para a realidade, convidado a pesquisar o seu saber, contagiante, na escrita e na leitura.

    ainda, e falando desta sua escolha para iniciar o seu ano na blogosfera, deixe-me dizer-lhe que este poema transmite, lido com a maior das seriedades, um ENORME conselho para dar alegria á vida que só nós... teimamos complicar.

    obrigado
    Forte Abraço

    ResponderEliminar
  3. Querida!
    Nunca é fácil comentar o que aqui deixas, sempre duma craveira bem Superior.
    Hoje também não comento. Só divago a propósito:

    Enquanto o precipício espreita e clama
    esvai-se o pensamento,
    impossibilitando interrogar a queda no abismo

    Uns pairam em invivência vegetativa
    outros, com os olhos fixos na frente,
    antecipam caminhos,vindos ao seu encontro.

    Quando não se quer regressar
    nega-se a perda do presente
    por medo de não encontrar a direcção
    e não saber optar por qual de todos os percursos.

    bjs.

    ResponderEliminar
  4. Jan 16, 2012 04:36 PM
    Agradeço ao meu/minha Amigo/Amiga a vossa visita e é com o maior prazer que os recebo, mas não creio que mereça as Vossas palavras e mais constrangida me sinto porque as sei sinceras! bem hajam.

    ResponderEliminar