domingo, 30 de outubro de 2011

Um Ano Depois...

     

E C O


Hoje, perguntando onde estás, e o  
que fazes, ouço as palavras tristes
da solidão que me responde, sem
nada me dizer, ao dizer-me tudo.

O que fazes e onde estás, pergunto
ao silêncio que me deixaste; e ouço
em mim a resposta, num eco que
vem de ti, perguntando por mim.

E neste espelho que entre mim e ti
a ausência constrói, outro espelho
reflecte o vazio da sua imagem, até

esse infinito em que a minha pergunta
te responde, para que me devolvas
o eco em que as nossas vozes se juntam.



Poema de Nuno Júdice


             


1 comentário:

  1. A eloquência do Poeta está na capacidade da propagação Universal do seu ECO.

    Bem Haja Nuno Júdice

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