Foi então que apareceu a raposa.
- Olá, bom dia! - disse a raposa.
- Olá, bom dia! - respodeu educadamente o principezinho, que se virou para trás mas não viu ninguém.
- Estou aqui, debaixo da macieira - disse a voz.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho - És bem bonita ...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou tão triste ...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou ...
- Ah! Então desculpa! - disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- "Cativar" quer dizer o quê?
- Vê-se logo que não és de cá - disse a raposa. - De que andas tu à procura?
- Ando à procura dos homens - disse o principezinho. -
"Cativar" quer dizer o quê?
...
...
... - Ando à procura de amigos. "Cativar" quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa . - Quer dizer "criar laços" ...
- Criar laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas
de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se tu me
cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti ...
...
...
Livro: O Principezinho
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Olá, Zé!
ResponderEliminarParabéns pela bela escolha de textos e poemas. Virei visitá-la mais vezes, mesmo que nem sempre deixe rasto. Força, continue assim que a mim já me cativou!
Beijinho,
Ana Catarina
Que bom, uma raposa "velha" cativar uma princezinha, é sinal que o mundo não está tão empedernido de falsas compreensões!!!
ResponderEliminarBem Haja, Ana Catarina