I
Evoé! de pâmpano os soldados
rompem do tempo em que Evoé! a terra
salve rainha descruzando os braços
com seu pé de papiro pisa a fera.
Na écloga dos rostos despontados
onde dos corvos se retira a treva,
de beijo em beijo as ruas são bailados
mudam-se as casa para a primavera.
Evoé! o povo abre o touril
e sai o Sol perfeitamente Abril
maravilha da Pátria ressurecta.
Évoé! Évoé! Tágides minhas
outra vez prateadas campainhas
sois na cabeça em fogo do poeta,
II
Como de um peso lento sai a trova
digo Abril. Bom dia Liberdade!
Ramifica-se em flores a Boa Nova.
Afinal estrela d' alva eras verdade.
Republicana é Vénus: tem-se a prova
nas curvas amorosas da cidade.
Celeiros de canções são a desova
do hábito do pus na claridade.
Ò visão! demais são tuas estrelas.
Um viveu de as esperar morreu de vê-las
e tombou a jurar que eras de gás.
Vieste para passar já que és vertigem?
És vidro? és diamante? és puta ou virgem?
Fica serenamente. Como a paz.
natália correia
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