Elas crescem, as crianças.
Crescem com os juncos,
com os mastros.
Crescem no meu coração esburacado.
Só as crianças não morrem.
E os gatos.
Despedida
Junho chegara ao fim, a magoada
luz dos jacanrandás, que me pousava
nos ombros, era agora o que tinha
para repartir contigo,
e um coração desmantelado
que só aos gatos servirá de abrigo.
Autor : Eugénio de Andrade
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